Embarcando no sucesso do primeiro filme, O Telefone Preto 2 (2025) chega aos cinemas quatro anos depois como uma continuação direta. O elenco conta com Ethan Hawke e Mason Thames, enquanto a direção do terror continua a cargo de Scott Derrickson. Assistimos ao longa e você confere nossas impressões a seguir.

Enredo 

Cerca de quatro anos depois do sequestro de Finn (Mason Thames), sua irmã Gwen (Madeleine McGraw) passa a ter sonhos paranormais com sua mãe mais jovem. Ela então decide investigar o porquê dos sonhos e vai até um antigo acampamento cristão, mas lá, além de encontrar respostas, seus sonhos se intensificam e acontecem eventos assustadores.

O Telefone Preto 2 tem um roteiro muito bagunçado e previsível, fugindo da ideia do primeiro filme. As soluções para os problemas são poucos criativas e às vezes até óbvias, mas o maior problema está em como o clima de tensão não prende o espectador. Talvez o mesmo enredo funcionasse melhor se fosse uma proposta original e não uma continuação.

Apesar disso, o elenco é muito bom e consegue entregar um excelente trabalho diante de um roteiro problemático. A entrega de Madeleine McGraw à sua adolescente atormentada é algo que vale ser ressaltado: sua expressão corporal e o jeito que projeta sua voz dão a dimensão perfeita do quanto sua personagem está sofrendo e deseja se libertar da situação.

Um Grande Sucesso 

O Telefone Preto (2021) chegou aos cinemas como uma adaptação de um conto homônimo de Joe Hill pouco conhecido e fez um grande sucesso. Na época, muitos especularam que o longa e o conto eram baseados em um caso real devido à forma que o filme se vendia.

A produção do filme começou pouco tempo depois de Scott Derrickson desistir de dirigir Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022), após ter dirigido o primeiro filme do super-herói. Ele continuou como produtor, mas alegou diferenças criativas com a Marvel, sendo esta sua última contribuição para o estúdio. As filmagens de O Telefone Preto foram rápidas e aconteceram entre fevereiro e março de 2021.

O filme contou com um orçamento de 18,8 milhões de dólares e arrecadou cerca de 161 milhões, lucro que acelerou a produção de uma sequência. Durante algumas divulgações, o marketing do longa se apropriou do personagem Pennywise de It: A Coisa e explorou a imagem do vilão segurando balões.

Veredito

O Telefone Preto 2 é um filme que perdeu a oportunidade de ser grandioso e vai entrar para o rol das sequências esquecidas. Seu roteiro tem problemas, não assusta o público e tem soluções previsíveis que não empolgam. Além disso, os diálogos são óbvios e excessivamente literais.

O elenco faz um bom trabalho, entregando personagens interessantes e que se mostram bastante atormentados assim como o roteiro pede. É importante ressaltar o trabalho de Madeleine McGraw, que se entrega completamente à personagem. A direção e a montagem do filme também são boas, conseguindo construir cenas que deixam o espectador querendo saber o que aconteceu. Mas, infelizmente, não o suficiente para redimir o roteiro.

Pontos Positivos:

• Direção
• Montagem inteligente
• Elenco comprometido

Pontos Negativos:

• Roteiro
• Diálogos óbvios 

Nota: 6,5