O quarto e último capítulo da icônica franquia de terror chegou aos cinemas. Invocação do Mal 4: O Último Ritual marca o encerramento da trajetória do casal Warren, os famosos investigadores paranormais, em seu caso mais arriscado até agora. Já assistimos ao filme e compartilhamos nossas impressões.

Enredo

Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) estão aposentados da investigação de casos sobrenaturais e dedicam-se apenas a palestras em universidades. No entanto, incentivados por sua filha Judy (Mia Tomlinson), acabam se envolvendo novamente no mundo espiritual ao descobrirem uma família atormentada por entidades malignas em Pittsburgh.

Logo, percebem que o caso guarda conexões inquietantes com um antigo demônio que já enfrentaram. Dessa vez, o confronto promete ser o mais perigoso de suas vidas.

Fórmula da franquia

O filme mantém a estrutura tradicional da série, intercalando um fragmento da história dos Warren com o novo caso sobrenatural. Apesar da coerência dentro da proposta, em alguns momentos essa ligação soa artificial, como se forçada apenas para sustentar a narrativa.

Embora o passado dos Warren traga informações relevantes, o tempo dedicado a esse arco é excessivo e acaba desviando o foco do principal conflito.

Terror efetivo

Os sustos são moderados, não aparecendo a cada cena, estando bem posicionados em momentos estratégicos. Dessa forma, o filme consegue criar uma atmosfera assustadora e interessante, que deixa o espectador apreensivo. 

A cena da “batalha” entre os Warren e a entidade é bem criada e bastante insana. Isso combina muito bem com os outros longas da franquia, colocando esse capítulo (felizmente) em um patamar melhor que seu antecessor. 

Veredito

Invocação do Mal 4: O Último Ritual encerra a saga de forma digna. Apesar de repetir a fórmula já conhecida, o filme entrega boas doses de tensão e um desfecho satisfatório para os fãs. A direção consegue equilibrar o suspense e evitar parte dos clichês do gênero, ainda que algumas cenas careçam de maior intensidade.

O roteiro, por outro lado, se perde em certas transições e demora a conectar suas tramas paralelas, o que enfraquece o ritmo. Além disso, contar a história dos Warren é importante, mas não há necessidade de todo tempo de tela que teve.

O elenco é excelente, principalmente os mais jovens. A filha do casal consegue dar uma dimensão interessante para as supostas crises de ansiedade que ela tem. Além disso, as cenas em que a personagem aparece aterrorizada deixa um desconforto crível no espectador.

Pontos positivos:

• Elenco
• Direção

Pontos negativos:

• Fórmula repetitiva de roteiro

NOTA: 7/10